quinta-feira, 12 de julho de 2012

Graças


Na mitologia grega, as Graças ou Cárites (no singular Cáris, do grego antigo Χάρις; no plural, Χάριτες, translit. Cárites, 'Graças') são as deusas do encantamento, da beleza, da natureza, da criatividade humana e da fertilidade da dança. Eram filhas de Zeus e Hera, segundo umas versões, é de Zeus e da deusa Eurínome, segundo outras. Por sua condição de deusas da beleza, eram associadas a Afrodite, deusa do amor (ou a Vênus, na mitologia romana) e dançarinas do Olimpo. Também se identificavam com as primitivas musas, em virtude de sua predileção pelas danças corais e pela música.
Ao que parece, seu culto se iniciou na Beócia, onde eram consideradas deusas da vegetação.
O nome de cada uma delas varia nas diferentes lendas. Na Ilíada de Homero aparece uma só Cárite, esposa do deus Hefesto. Apesar das variações regionais, o trio mais freqüente é:
  • Aglaia - a claridade;
  • Tália - a que faz brotar flores;
  • Eufrosina - o sentido da alegria.
Embora pouco relevantes na mitologia greco-romana, a partir do Renascimento as Graças se tornaram símbolo da idílica harmonia do mundo clássico. Nas primeiras representações plásticas, as elas apareciam vestidas. Mais tarde, contudo, foram representadas como jovens desnudas, de mãos dadas. Esse modelo, do qual se conserva um grupo escultórico da época helenística, foi o que se transferiu ao Renascimento e originou quadros célebres como A primavera, de Botticelli (1445 –1510), e As três Graças, de Rubens (1577 - 1640).

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